PagSeguro
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
EU PRECISO DE COACHING!
Artigo de Gustavo Boog
O coaching está cada vez mais difundido, e no turbulento mundo das organizações cada vez mais profissionais precisam desse tipo de serviço. Mas, na profusão de ofertas que existem nessa atividade, é preciso cuidado para que o tempo e o dinheiro que você investir nessa atividade tenha um retorno.
O coaching, conduzido em poucas e curtas reuniões, apoia pessoas que precisam avaliar as alternativas para tomar uma decisão, resolver situações insatisfatórias, melhorar relacionamentos, usar melhor seus potenciais ou eliminar as causas de um mal estar profissional. E esses são apenas alguns exemplos onde o coaching se aplica, servindo tanto para corrigir situações como para buscar a excelência. O coaching busca tornar as pessoas mais conscientes de suas possibilidades, de usarem mais plenamente seus potenciais, e com isso tornarem-se melhores profissionais e pessoas.
Gosto da metáfora de que o coach é como um guia que caminha com seu participante por florestas escuras, trilhas montanhosas ou pântanos úmidos. O guia pode dar alertas, pode mostrar possibilidades, pode sugerir alternativas, mas não pode nem tomar decisões pelo participante nem caminhar por ele. No coaching é gerada a força para decisões a serem tomadas.
Algumas situações comuns que tenho encontrado em minhas atividades como coach:
• Profissionais senior, aposentados ou na pré-aposentadoria, sentem pavor em ficarem inativos, e a perspectiva de não terem mais utilidade traz muitas dúvidas e temores. O coaching ajuda ao abrir perspectivas novas de fazer da idade madura um período de plenitude, resgatando motivações e potenciais que ficaram escondidos por décadas. Nós nos sacrificamos muito para nos tornarmos adultos responsáveis, e essa nova fase pode ser altamente libertadora.
• Jovens da geração Y gostam da ideia de serem empreendedores, de montar um negócio próprio. Estão muitas vezes numa empresa boa, têm salário e benefícios acima da média, mas discordam da forma de atuação de seus chefes e da cultura da empresa. Perderam a motivação por seus trabalhos, sentem-se presos em tarefas rotineiras e pouco desafiadoras, quando não envolvidos em projetos que beneficiam apenas a carreira de seus chefes. O coaching nesses casos avalia com clareza as opções de ficar ou sair da empresa, explorando novas possibilidades, mudando para outra organização ou ingressando num negócio próprio. Muitas vezes há uma visão fantasiosa dos benefícios de ser “dono do próprio nariz”, sem levar em conta os custos e riscos de uma atividade autônoma. Há jovens que chegam angustiados, pois nada dá certo em suas carreiras, com a sensação de estarem no lugar errado.
• Profissionais a partir dos 30 anos estão muitas vezes em cargos de gestão, e agem como chefes ao invés de serem líderes. É clássica a promoção a cargos de liderança a partir de alguns anos de sucesso na área técnica, mas sem nenhum preparo e avaliação de perfil. Tenho visto chefes que literalmente odeiam gente e que estão em cargos de gestão, o que obviamente não dá certo. Muitas vezes são profissionais chave em suas organizações, que não quer perde-los para a concorrência, mas seus estilos são inadequados para um ambiente em que os talentos vão embora rapidamente. Chefes excessivamente autoritários (muito comum), ou exageradamente permissivos, ou ainda omissos causam um terrível e perverso efeito no clima da organização, gerando mal estar, queda de resultados e alto turnover
• Conflitos com chefia são temas comuns no coaching, onde se avaliam causas e possíveis soluções: um papo aberto com o chefe, uma exposição das expectativas de carreira, as insatisfações com certos comportamentos, a solicitação de um feedback, a transferência a outra área da organização ou até a procura de uma nova atividade profissional. Muitas vezes há sérias divergências entre valores pessoais, valores da chefia e valores da organização.
Líderes trazem para o coaching questões como:
• Que devo fazer para manter minha equipe motivada e com alto desempenho?
• Com o lidar com pessoas com um elevado grau de rigidez, quando a demanda é por flexibilidade?
• Qual é minha contribuição para melhorar o relacionamento entre equipes de diferentes áreas (p. ex. produção/ comercial, logística)?
• Como ajustar o perfil do profissional com o perfil de exigências do cargo?
• Como lidar com a sobrecarga de trabalho? o estresse excessivo?
• Qual é o melhor próximo passo para minha carreira? Como me preparar para um cargo mais elevado?
• Como lidar com a “politicagem” interna (entre Diretorias, entre Matriz e Filiais etc.)
• Como dar reconhecimento quando o ambiente é de restrições orçamentárias?
Acionistas e sócios também buscam respostas em assuntos tais como:
• Marido e mulher são sócios num mesmo empreendimento, e os papéis familiares e profissionais estão misturados
• Relação conflitivas entre acionistas, alguns mais conservadores e outros mais inovadores, ou ainda lutas de poder
• Decisões de sucessão, entrada de filhos ou filhas no negócio
• Problemas de saúde dificultando o exercício profissional
• O que fazer para aumentar a lucratividade?
• Qual o melhor rumo para nossos negócios?
• Como nos estruturarmos da forma mais adequada para esse momento organizacional?
• Como abrir espaço de autonomia junto a um pioneiro que não se afasta?
• O que posso fazer para elevar minha qualidade de vida? Como conciliar as demandas da organização com as minhas demandas e as da família (viagens/ lazer/ filhos/ etc.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário