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sexta-feira, 25 de abril de 2008

ARTIGO - COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

“ comunicação perfeita, caso possível, seria como um pensamento ou idéia fosse transmitida de uma pessoa para outra de tal forma que a figura mental percebida pelo receptor fosse idêntica ao emissor”
Comportamento Organizacional
Robbins, Stephen Paul
Prentice Hall

Fui convidada a ministrar um curso sobre Comunicação e Relacionamento Interpessoal numa empresa que me solicitou que ao final os colaboradores tivessem a segurança em “afirmar” que a mensagem foi compreendida, e que soubessem expressar o que sentem e pensam de modo a minimizar as dificuldades de comunicação e relacionamento. Será que isto é possível?

Considerando que a comunicação, dentro de uma organização, tem quatro funções básicas, tais como: controlar, motivar, expressar emoções e informar; e que pesquisas indicam que as falhas de comunicação são fontes freqüentes de conflitos inter pessoas, iniciei o curso dizendo:
A convivência humana é difícil, é um desafio constante. Como já dizia Sartre, na peça teatral Huis Clos. “ O inferno são os outros...”

O processo de interação humana é complexo e se manifesta através de comportamentos visíveis ou não, verbais e não verbais, sentimentos e pensamentos e reações mentais físico-corporais (o corpo fala) que varia de pessoa para pessoa , de acordo com a sua percepção do contexto e situação.

Para desenvolvermos as habilidades interativas é necessário, primeiramente, nos conhecer melhor para podermos entender o outro. Como entender o outro e fazer-me entender? Conhecer nossas habilidades e emoções (raiva, medo, tristeza, alegria...) e como lidar com elas, é a chamada Inteligência Emocional, difundida por Daniel Goleman. Entendermos o que é percepção e por que ela é tão importante para o processo de comunicação, e qual é a interferência da motivação neste processo, é primordial.
As pessoas que conhecem suas próprias emoções têm mais facilidade em ler as emoções dos outros, com isto podem ser mais eficazes em seus relacionamentos. Esta é a essência das pesquisas sobre inteligência emocional.

A partir do autoconhecimento é necessário adquirir habilidades de comunicação para o desenvolvimento de competências interpessoais, de modo a minimizar conflitos e barreiras existentes para a comunicação eficaz. Tais habilidades precisam ser treinadas e praticadas, constantemente, para maior eficiência nos resultados a serem alcançados.

Adaptar a mensagem de acordo com o público e o histórico cultural do grupo em questão, é fundamental, pois pessoas diferentes têm necessidades diferentes de informações. O que é relevante para um pode ser irrelevante para o outro. Como essas diferenças são tratadas determina a modalidade de relacionamento.
Durante a comunicação é necessário também ter empatia com o outro. Devemos ser sensíveis às necessidades, percepções e emoções, pois somente nos colocando no lugar do outro, vamos perceber qual é a verdadeira mensagem que estamos querendo passar e, a partir daí, procurar usar o canal de comunicação mais adequado.
Não posso deixar de citar o uso da escuta ativa, não confundindo audição com escuta, logo, para aprimorarmos nossas habilidades de bom ouvinte, é necessário contato visual, fazer perguntas, usar paráfrase, como uma das maneiras de testar a compreensão da mensagem, não interromper a pessoa que está falando, não falar ao mesmo tempo, esperar o outro terminar para fazer as suas colocações com coerência e, utilizar o feedback específico e não genérico.
A comunicação eficaz diz respeito à satisfação do colaborador e, consequentemente da sua relação inter pessoal, pois quanto menor a distorção na comunicação, mais o mesmo ficará motivado para o alcance das metas e objetivos propostos pela empresa.
Maria do Carmo Bacelar Schwandt
Gerente da Gestão de Talentos Seres
Consultora de Treinamento & Desenvolvimento

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